3 de novembro de 2011

Instrumentos de autoconhecimento e a comunicação

Há algum tempo, compartilhei uma experiência um tanto quanto constrangedora com o intuito de explorar uma área tão complexa que é a da comunicação. Em um mais antigo explorei o universo do conflito, que tem na comunicação uma base importante. E, de uma forma geral tenho enfatizado a importancia do autoconhecimento como a principal ferramente para lidar com tais questões.

Essa semana gostaria de explorar mais o universo do autoconhecimento e os recursos disponíveis para essa processo. Vale mencionar e ressaltar que se autoconhecer significa uma busca constante e incessante. Não porque descobrimos uma novidade a nosso respeito que a tarefa está cumprida com louvar. Diria que uma etapa está cumprida com louvor. Quanto mais descobertas fazemos, mas percebemos o quanto não sabemos. É como a poesia, quanto mais sei, menos sei.

O processo psicoterapêutico é um espaço privilegiado e poderosíssimo para isso, mas não o único. Quando nos relacionamos com as pessoas de forma geral, conjuges, companheiro, amigos, familiares, colegas de trabalho, entre outros, temos excelentes oportunidade para nos conhecermos e desenvolvermos. No entanto, sozinhos as vezes fica difícil, pois na maior parte das vezes teimamos em ver apenas o nosso lado.

Através do uso de instrumentos de avaliação psicológica outra forma de se conhecer se apresenta. São inúmeros os instrumentos disponíveis no mercado. Alguns são de uso exclusivo de psicólogos, outros não. Eu particularmente trabalho com dois QUATI (de uso exclusivo para psicólogos) e com o Método Birkman (exige qualificação específica para atuar com ele). Os instrumentos, de forma geral funcionam da seguinte forma: você é submetido à uma bateria de questionário e a partir de suas respostas, um relatório é desenvolvido. Com esse relatório é feita a devolutiva, ocasião em que é apresentado o que instrumento avaliou. Nesso momento ocorre a validação, em que a pessoa submetida validar as informações geradas. Muitas vezes ocorre muito surpresa: é evidenciado um lado que a pessoa desconhecia. Isso pode gerar uma certa resistência em aceitar o que instrumento avaliou, mas no geral aceitam bem.

Portanto, independente do recurso adotado, conhecer-se implica em desconforto, porque precisamos sair da zona de conforto, deixar de lado a visão restrita e se abrir para o novo a nosso respeito. Novo esse representado por pontos de vistas de otutras, psicoterapia ou instrumentos de avaliação.